HardyMemories

Estou de novo deparado em frente ao computador e não sei o que sinto realmente.
Os Peritos na matéria dizem que quem desenterra o passado seja ele bom ou mau vamos ter sempre de o suportar, acho que cometi um erro sentimental tremendo ou ser bem sucedido.

Abri uma caixa que aqui tinha na minha casa de computadores e encontrei poemas, textos e até desenhos e escrituras nos cadernos do ano passado. Ao ler tudo aquilo ia-me lembrado das coisas que iam acontecendo, foi como viver tudo nuns pequenos e miseros minutos, mas sei que me apetecia voltar a viver tudo de novo. Arrumei tudo menos os poemas, e todos os dias os leio de manhã antes de sair de casa como uma routina, mas ultimamente não tenho tido muito tempo devido a ter muito trabalho.
Só porque a pessoa para quem eu escrevia os poemas disse que gostava quando eu os escrevia eu decidi voltar a escrever, e assim algo de novo nasceu em mim, não sei explicar o que é, mas ja tinha sentido isto antes, será uma paixão mas com a consiência mais tranquila e mais desenvolvida capaz de se deparar com os olhos maldosos de uma sociedade cheia de preconceitos?.
Reconheço os meus erros como muito graves, nas alturas que devia dar carinho e amor e provar aquilo que sentia, so dava preocupação e acabei por perder aquilo que mais gosto TU!, apesar dos diferentes tempos tenho a confiança e a maturidade para seguir em frente. Tal como todos queremos ser felizes e é raro quando a felicidade nos bate á porta e a conseguimos abrir para que este sentimento nos possua por completo e nos dê a sensação da paixão num arrepio na espinha.
Hoje caso não saibas é o dia dos namorados, eu sei que nao o somos e que tudo entre nós esta a começar do zero, e as nossas vidas estarem de lados opostos nada disso significa que não possa ser tudo uma realidade. As intervenções fisicas e humana estão constantemente em conflito, mas creio que as coisas em nossa relação serão assim, ha que vencer as dificuldades, deves estar a perguntar o porquê de eu aqui te trazer, mas é por uma unica e simples razão, porque jamais me voltarei a enganar e a cometer o mesmo erro, foi preciso muito esforço da minha parte para superar as chamas que me consumiam dia-a-dia, que desperatavam ao meu acordar e as noite em claro que passo pensando que te estou a ver dormir, os invernos frios que ao teu lado se tornam em verões tropicais e muito calorentos, quando te olho nos olhos tentava fazer-te chegar o meu amor, mas ja que um texto não tem o mesmo significado que uma palavra dita em voz, eu digo-te que por mais de mil tentativas de te esqueçer, por isso é que fui para sintra, e por mais duro e por mais sorrisos forçados que possa dar nao conseguem esconder a dôr que sinto em estar longe de ti vinte e quatro horas por dia. Se me quiseres desculpar desculpa mas sabes que sempre estarei para te receber e sempre seras a minha capa de revista do coração, contigo perto é como ouvir a natureza pura e silênciosa, todas estas palavras sao sinceras, não aguentava mais com este peso dentro de mim, tinhas de saber.

Eu estava em casa, de pijama deitado na cama a ver televisão, olhei para a playstation que estava ao lado da televisão e pensei em ir jogar. Quando carreguei no botão para ligar, a luz faltou e só as duas da manhã é que voltou.
Toda aquela escuridão, todo aquele silêncio, a paz. Como aquele ambiente me punha calmo e pensativo, tudo aquilo se interiorizava em mim, pensei para comigo mesmo á quanto tempo não me deparava naquele meu mundo escuro e pacifico. Se assim fossemos uns para os outros, tudo era melhor e a mente do homem ficaria tranquila e a maior parte dos problemas desapareceria. Não sou poeta ou crítico, mas tenho a minha ideia de sociedade perfeita.
Nessa noite eram vinte e três horas e as luzes dentro das casas iluminavam as mentes apavoradas dos habitantes, as portas fechadas a sete chaves e com cadeados de betão, evitava que lhes acontecesse alguma coisa, então e eu? Seria visto como um fantasma ou seria o único a tirar partido e a saber as vantagens daquele momento e sentimento? Não sei, talvez.
Passeava pela minha aldeia de uma ponta a outra e ninguém na rua, os cafés que até á cerca de uma hora estava cheio. Quando cheguei á entrada de casa, sentei-me nos degraus e olhei para a lua, foi então que pensei como a luz da lua quebrava o tom escuro da noite, todo o silêncio e a voz interior que me guia ao longo dos meus dias.